Prezados Companheiros,
Muita paz em Nosso Senhor Jesus Cristo
Torno a escrever-lhes para externar minha saudade de todos vocês e de nossa amada terra.
Como sabem, continuamos presos, mas o Espírito Santo de Deus tem conservado nosso ânimo e certeza de que a justiça divina reparará os prejuízos que sofremos e sarará nossas feridas. Infelizmente não é consolo para nossa indignação, pois em um curto espaço de tempo a televisão, o rádio e os jornais, que pertencem aos ricos, transformaram-nos em perigosos bandidos. A violência que está sendo feita à nossa honra nunca se fez nem mesmo ao pior dos criminosos. Tudo isso para a satisfação de mesquinha ganância dos nossos inimigos em retomarem o poder político e o governo do município, transformando a política numa guerra de vale tudo.
Não bastasse a crueldade publicada imprensa, causou-me maior surpresa e indignação um Decreto de n° 08, de 07 de julho de 2011, editado pelo Ibervan e publicado no Jornal Diário do Nordeste do dia 13.07.2011, onde acusa a mim e ao Luizinho do Inharé de incentivarmos aos funcionários do município a pedirem exoneração de seus cargos comissionados. Absurdo! Leviandade!
Que pena que o Ibervan tenha se revelado tão fraco de caráter, chegando ao cúmulo da torpeza, utilizando-se de inverdades para justificar segundo ato de insanidade política. O primeiro foi levar todas as raposas da política para compor sua equipe de governo, escandalizando todas as pessoas de boa fé. O segundo foi editar um decreto que o autoriza a comprar e contratar sem necessidade de processo de licitação.
Que ironia! Não acham?
Eu e meus companheiros fomos presos e violentamente execrados, acusados de fraudes em licitações. Agora, o Ibervan cria um decreto para comprar e contratar sem licitação, escolhendo o fornecedor e o prestador de serviço a seu bel prazer.
Percebe-se que o patrimônio que o Ministério Público pretendeu proteger por meio de meu afastamento e prisão foram entregue livremente aqueles que são responsáveis pelo desmantelo que levou nosso município ao estado deplorável em que me foi entregue em janeiro de 2005. A velha história do passado em que a raposa tomava conta do galinheiro.
Confesso-lhes, porém, que, embora não tenhamos incentivado aos funcionários, ficamos orgulhosos quando soubemos que haviam pedido exoneração dos cargos, pois sabíamos que jamais se curvariam ao comando de pessoas como Márcia Zomim, Chico do Jeová e outros da mesma estirpe, escolhidos por Ibervan como seus parceiros de confiança, somente a serpente confia na serpente!
Fiquei muito indignado quando li o tinhoso decreto no jornal, onde o Ibervan procura justificar sua incompetência administrativa a mim e no Luizinho, desrespeitando nosso sofrimento de presos e o luto de nossas famílias.
Quando tomei posse em janeiro de 2005, nem prefeitura encontrei e, ao sair, por ocasião de minha prisão, deixei tudo funcionando satisfatoriamente, inexistindo pois coerência nas justificativas do pretensioso decreto.
Talvez seja uma das soluções encontrada por seus assessores imediatos, já que a Márcia vive a justificar suas ausências na Secretaria de Saúde argumentando que o Ibervan lhe solicita com urgência sua orientação e lamenta-se dizendo que isso ocorre porque o Ibervan não sabe de nada.
Agradeço a todos que, ao invés de tirar proveito de nossa aflição, estão solidários dando testemunho de nosso caráter e rogando a Deus por nossa libertação.
Antonio Teixeira
Prefeito de Senador Pompeu
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