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Seu doutor me dê licença Deixe eu falar um pouquim Um conto de valentia Que ocorrou nesses confins Com alma muito sofrida Eu vou lhe contar a vida De Teixeira e Luizim | Essa dupla de meninos Nasceu na zona rural Cresceu enfrentando tudo Chuva, sol e lamaçal Viveram com pouco pão Rapadura ou feijão Feito na água e no sal | Estudaram de teimosos Sustentados pela fé Transporte não existia Vinham pra escola a pé Teixeira da Oiticica Luizim do Inharé |
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Desde cedo esses meninos Demonstraram vocação De lutar pelos direitos De unir os cidadãos Até se candidatar E em ninguém esperar Ganharam a eleição. | Isso é um absurdo! Isso é um reboliço! Resmungou o Zé Rolim Nos ouvidos do Eunício Me deu até caganeira O povo elegeu Teixeira E derrotou o Maurício | A notícia se espalhou O grito comeu de esmola Corria gente na rua Com bandeira e bandeirola Tão aflita a minha prima Vestiu a roupa de cima Mais esqueceu a calçola. |
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Corremos todas as ruas Foi a noite inteira assim O povo feliz gritava Acabou-se tempo ruim! Festejando a esperança Consagravam a confiança Em Teixeira e Luizim | Teixeira recebeu posse Após sua assinatura Esperou que lhe entregassem O patrimônio, a estrutura Quase ficava bilé Quando soube que sequer Existia prefeitura | Um rapaz desconhecido Vestindo uma calça azul Veio procurar Teixeira E lhe passou o bizú A prefeitura quebrou E o pouco que restou Tá lá no CSU |
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Quem foi ao CSU Chorou de indignação Os documentos do povo Todos jogados no chão É, essa foi a maneira Que começou o Teixeira Sua administração | Mas como Deus é quem guia O homem de boa fé Deu toda força ao Teixeira E ao Luiz do Inharé Com luta e sabedoria Em um ano e poucos dias Senador ficou de pé | Ai o povo alegrou-se O comércio enviveceu Muitos empregos gerados Nossa cidade cresceu Ninguém explica o contento Como em tão pouco tempo Isso tudo aconteceu |
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Mas a inveja seu moço É artifício do cão Enquanto nóis festejava Toda essa transformação Os bicudos se doíam Por saberem que perdiam Na futura eleição | Ai se juntaram tudo Criaram uma estória feia Compraram as autoridades Coisa de cabra de peia! Levaram nossos meninos Como se fossem bandidos E trancaram na cadeia | O mal cheiro de tramóia Denunciou armação Não dava pra esconder O golpe em execução O coluio tão perfeito Que fez Ibervan prefeito Sem precisar de eleição |
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Igual a 64 A época da ditadura O poder foi assaltado Num estado de loucura Ibervan e as esposas Juntou-se com as raposas E ocupou a prefeitura | Se você não entendeu O meu modo de falar Porque falei em raposa Vou agora lhe explicar Raposa é um bicho ruim Tipo a Márcia Zomim E o Chico do Jeová | Do que esses dois são capazes O senhor nem advinha Coitada da prefeitura Que vai ficar pobrezinha Vai sumir todas as coisas É como botar raposa Pra pastorar a galinha |
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Já na comemoração A coisa começou mal As duas primeiras damas Quase se travam no pau Na praça da juventude Esse tipo de atitude Já não é um bom sinal | Ai no dia seguinte A coisa ficou escura Ibervan junto a gangue Pra dividir a gordura Cada um dos elementos Ganhou naquele momento Uma parte de prefeitura | Até bicudo de xifre Retornou da capital Foi conhecer a beleza Do paço municipal Você conhece o artista Caro Cornélio Batista Mentor da gangue do mal |
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Ao Chico do Jeová Deu a ação social E colocaram no cargo A jamanta imperial Essa dupla é conhecida Lá não vai sobrir comida Nem mubília nem real | O Chico achando pouco A jamanta na ação Fez contratar o jamanta Pra pastorar o portão Quem vai lá e vê, se espanta Encontra as duas jamantas Sofrendo de hipertensão | Márcia Zomim na saúde Salve-se lá quem poder Grito vai e grito vem Qualquer um é um qualquer Essa parece uma rã Grudada no Ibervan Pra pastorar o filé |
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O Alexandre inocente Nem gosta de vida mansa! Mas, para o bem de todos E pro leite das crianças Só mesmo por compromisso Aceitou o sacrifício E foi cuidar das finanças. | Zeloso pelo dinheiro E vendo a chance bacana Alexandre foi correndo Ver se o cofre tinha grana Grande foi sua surpresa Quando em cima da mesa Pulou uma ratazana | Era a velha Madalena Que ali chegou primeiro Quando entrou na prefeitura Sentiu cheiro de dinheiro Aquele vício ruim Do tempo do Zé Rolim Lhe levou ao cativeiro |
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Sei que a coisa tá feia o negócio aqui tá crú Pra todo lado que olho Só avisto gabirú Eu posso até apostar Quando Teixeira voltar Não acha nem o azul | O povo ficou de luto É tristeza de dá dó O comércio enfraqueceu É uma lizeira só A cidade que crescia Vai voltar a freguesia Do tempo do cafundó | Também como poderia Circular algum dinheiro? Se a raposa é quem fica Por conta do galinheiro Essa equipe de agora Só vai fazer compra fora Nós vamos virar lixeiro |
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Olhe, eu vou dizer uma coisa Eu não entendo de justiça Como é que tira o Teixeira Pra botar essa mundiça? Aquele sim é prefeito Prometeu e deixou feito Não merece essa injustiça | E o Luizinho o vice Dia e noite trabalhou Dedicou a sua vida A cuidar de Senador Foi também injustiçado Por essa bando de safado Sem escrúpulo, sem pudor | Mais o povo não é bobo Já tá sabendo de tudo Só quem se alegrou com isso Foi a móia de bicudo Encontrou o único jeito De Ibervan ser prefeito Por meio desse absurdo! |
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Mas aguarde, minha gente Já, já acaba a loucura Vamos erguer as bandeiras Enfrentando a ditadura Porque já tá bem pertinho De Teixeira e Luizinho Retomar a prefeitura | Ai eu quero ver nego Valendo-se das canelas Sofrendo de caganeira Fugindo pelas janelas Nosso povo na alegria Vivendo a democracia Dançando nossa alegria. | Me pego até a pensar Na cara do Ibervan Homem da cara mais lisa Igual barriga de rã Traidor da nossa gente Deveria essa serpente Ir morar no BUTANTÃ |
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E o Chico do calote Com seu casal de jamanta Vai ficar de rabo muxo Feito trazeira de anta O povo fica em paz E esses dois não vão mais Deixar os presos sem janta | As falsas primeiras damas Esbanjam boas mandeiras Costumam trocar tabefe Quando se encontram na feira Ao deixar a prefeitura Essas duas criaturas Vão ensinar capoeira. | Há, tinha esquecido Zenalto O mercenário doente Que por ser tão peçonhento Nem me lembrei que era gente É melhor nem comentar Pois ser como aquele lá Só sendo muito doente |
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Zenalto vai escapar Nas matas da Terezinha Tinha perdido a eleição E como emprego não tinha Feito uma centopéia Se enconstou na Cabra Véia Só pra ganhar uma pontinha | Foi o que fez o Cláudio Rocha Seguiu nesse mesmo rumo Entrou nas matas de Sandra Sem se desviar no prumo Não vai nunca se eleger Ao contrário, vai viver A vida levando fumo. | E assim minha gente que eu vejo Nosso Senador sendo assaltado Primeiro por esse bando de carniça Depois pelos ajudantes safados Pra tristeza dos bicudos Eu fico até mudo Teixeira e Luiz NÃO estão acabados |
Autor Desconhecido |
sábado, 1 de outubro de 2011
A História de Teixeira e Luizim
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kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. esse autor é o máximo!
ResponderExcluirmuito bom
ResponderExcluiré a mais pura verdade.!