Senador
Pompeu, 30 de dezembro de 2011
Queridos
amigos e amigas,
Este ano,
2011, trouxe-nos tormentosas dores. De uma hora para outra fomos brutalmente arrebatados
do seio de nossas famílias e encarcerados por tempo, estranhamente,
indeterminado, no qual já aguardamos há seis meses. A dor que traspassou o
nosso peito é, inversamente, a fonte da alegria dos nossos inimigos, pois não
sabem caminhar pela estrada da democracia e, por isso, necessitam de meios
tiranos para a conquista de seus mesquinhos interesses.
É
inacreditável!!! Mas fomos submetidos a uma ditadura em pleno regime
democrático, onde as garantias mais sagradas da ordem constitucional foram
preteridas. E o mais intrigante: tudo em
nome do interesse público! Sob o disfarce de proteção ao patrimônio
público, o governo do nosso município foi entregue às pessoas mais repudiadas
da sociedade senadorense, os quais
haviam sido expulsos pelo voto da maioria da população nas eleições municipais
de 2004 e 2008.
Tudo isso nos
demonstra que os nossos adversários não mudaram a antiga prática política com a
qual se mantiveram no poder e mediante a qual condenaram nosso município ao
atraso por muitas décadas. Infelizes por terem sido rejeitados nas duas última
eleições municipais (2004 e 2008), e,
conscientes da atual rejeição de seus futuros candidatos para as eleições de
2012, investiram tudo para exterminarem a minha imagem política e a imagem do
companheiro Luizinho, como se a nossa prisão fosse suficiente para produzir o
esquecimento das muitas benfeitorias que fizemos em nosso Município.
Como fazer o
povo esquecer o prédio da nossa Prefeitura; a Policlínica; o Centro de Feiras e
Eventos (Novo Mercado); a Praça da Juventude; os milhares de metros de
calçamento; os sistemas de abastecimento d´água de tantas comunidades; as
muitas passagens molhadas; os muitos açudes; as muitas cisternas; os muitos
postos de saúde; as centenas de banheiros e cisternas construídos nas
comunidades? Como esquecer o novo galpão da fábrica, o desenvolvimento
estrondoso do comércio e os muitos empregos gerados? Como fazer esquecer a nova
escola do Sítio Açudinho que substituiu a casa de taipa onde as crianças
estudavam? Como esquecer o salário dos professores que ganhavam menos de
seiscentos reais em dezembro de 2004 e ultrapassaram o valor de dois mil reais
na nossa administração? Como conseguirão vocês professores esquecerem os
festejados abonos dados em nosso governo?
Saibam os
nossos adversários que nem mesmo mil anos de prisão seriam suficientes para
apagar da memória do nosso povo tudo que fizemos em apenas seis anos de
governo. Mesmo que os atuais gestores tenham quebrado os meus retratos nas
repartições públicos para ocultarem a minha face dos olhos do meu povo; mesmo
que a rádio do desrespeito profira todas as calúnias, difamações e injúrias;
mesmo que a imprensa manipulada espalhe
todas as mentiras contra mim, nem, assim, será possível, pois a verdade é
eterna!
Estou preso,
queridos amigos, mas meu espírito se alegra em plena liberdade, pela graça do
Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, e louvo ao senhor Nosso Deus por tudo que
me foi possível fazer de melhor pelo nosso Município, porque nada construiremos
de bom se não nos for concedido pelo senhor.
Nestes dias
que todas as famílias estarão reunidas, não se esqueçam de louvar ao Deus Vivo
que criou todas as coisas, e, em nome de Jesus, peçam a sabedoria que
necessitamos para o novo ano que nascerá.
Os meus
inimigos me castraram o direito de andar nas ruas e comunidades de nossa terra,
trancando-me no cárcere. Mas o Senhor Jesus, em sua infinita misericórdia,
tornou-se minha companhia e não permitiu que a tristeza dominasse o meu
coração; um novo canto foi posto em minha boca; um canto de louvor ao Deus Todo
Poderoso. E quando o ódio quis entrar em meu coração, era tarde, pois o amor do
Altíssimo já havia ocupado todos os lugares, até os mais recônditos.
Pela primeira
vez na minha vida, não passarei com vocês esta data de final de ano. Somente a
prisão me impossibilitou esta alegria. Mas Cristo está comigo e o meu sono será
abençoado. Orarei por nossa terra e pelo nosso povo. (“Enquanto os príncipes se conluiavam e
falavam contra mim, o teu servo meditava nos teus estatutos.” Sl 119, v.23).
Desejo-lhes
toda a paz e o amor em Cristo, o que faz novas todas as coisas (Ap, 21. 5).
Feliz ano
novo!
ANTONIO
TEIXEIRA